Entenda o refluxo, quando o estômago não segura o alimento.
“Se eu deitar após me alimentar, sinto um desconforto. Dá uma tosse e uma queimação”, narra Ruth Leite Gomes, de 36 anos. A administradora hospitalar descobriu o refluxo há quatro anos. Chegou a tomar a medicação e, com a melhora, logo suspendeu o remédio. Porém, faz um mês que o refluxo voltou, obrigando-a a tomar os remédios novamente. “A tosse já deu uma melhorada. Ainda sinto um pouco de azia e mesmo que não esteja deitada tenho a sensação que vou vomitar”, conta Ruth.
Muitas podem ser as causas do refluxo, desde alterações anatômicas e da função da musculatura entre o esôfago e o estômago, até comportamentos que facilitam o refluxo em pessoas predispostas. O tabagismo, o alcoolismo, o consumo excessivo de alimentos gordurosos, alimentos muito ácidos ou muito picantes, além de algumas substâncias como café, chá, chimarrão, bebidas com gás e chocolate, aumentam a possibilidade de refluxo, por diminuir a força do músculo que se propõe a segurar o ácido dentro do estomago.
Refluxo grave
Existem ainda outros sintomas que podem ser indicio de uma maior gravidade da doença. Como a dificuldade de ingerir alimentos, alteração do timbre da voz, vômito com sangue, sangue nas fezes, fezes negras como piche, anemia ou perda de peso. Esses são sinais de alarme que podem indicar, por exemplo, uma úlcera de esôfago ou até um câncer.
O refluxo de longa data pode levar a uma condição chamada esôfago de Barret, é uma condição pré-maligna que facilita a condição do câncer na região. Esses sintomas mais graves geram a necessidade de investigação mais rápida.
Recomendações
É importante que as pessoas consultem um médico para definir as recomendações e o tratamento mais adequado, que varia de caso a caso. Embora algumas recomendações mais gerais possam ser feitas, como evitar refeições muito volumosas, preferir várias pequenas refeições durante o dia. Depois de comer, esperar ao menos duas horas para se deitar e até mesmo evitar roupas muito apertadas. Para quem tem muito refluxo à noite, a elevação da cabeceira da cama pode ajudar.
Tratamento
O tratamento se baseia fundamentalmente na classe de medicamentos chamada ‘inibidores da bomba de prótons’. Na grande maioria dos casos, o paciente fica muito bem com o tratamento medicamentoso, alimentação equilibrada e, em algumas situações excepcionais, a cirurgia é necessária.
Fonte: Ministério da Saúde
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