O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, disse hoje (17) em entrevista à imprensa que atualmente existe uma forte relação entre a circulação do zika vírus e a ocorrência de casos de microcefalia em algumas regiões do país. De acordo com ele, resultados de exames feitos em dois fetos com microcefalia mostraram que as gestantes foram infectadas pelo zika.
“São duas gestantes com vírus zika no líquido amniótico cujas crianças têm microcefalia. Isso nos aponta fortemente para a correlação entre as duas coisas. Mas não permite ainda descartar completamente outras possíveis causas. Não vamos afirmar ainda, com certeza absoluta, que a causa é o vírus zika”, afirmou Cláudio Maierovitch.
Foram registrados no primeiro semestre deste ano casos de zoka em 14 estados: Rondônia, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Paraná.
Sobre as gestantes e suas famílias, Cláudio Maierovitch reiterou as orientações do Ministério da Sapude para que façam exames pré-natal, evitem álcool e drogas, não usem medicamentos sem orientação médica e se protejam de mosquitos, usando calça e camisa de manga comprida e repelentes. Além disso, que adotem medidas que evitem a proliferação de mosquitos transmissores de doenças, retirando recipientes que tenham água parada e cobrindo adequadamente locais de armazenamento como cisternas e caixas d'água.
O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis afirmou que não há tratamentos específicos para os casos detectados de zika. Assim como ocorre com a dengue, são aplicadas medidas de suporte, mas que não encurtam a duração da doença.
[ Momento Verdadeiro / Agência Brasil ]
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