No início é só uma dor de cabeça, mas que vai aumentando de intensidade rapidamente. E o que parecia uma simples cefaléia é, na verdade, a enxaqueca, síndrome que deixa o portador com fortes dores durante horas ou até dias.
No Brasil, mais de 30 milhões de pessoas sofrem com o problema – cerca de 20% dos brasileiros apresentam a síndrome, mas apenas 3% encontram tratamento eficaz. E muitas ainda tratam a enxaqueca como uma dor de cabeça prolongada. As mulheres são as mais atingidas, numa proporção de três para cada homem.
Muitas pessoas sentem mal-estar, tonteira,veem luzes, sem contar as dores de cabeça latejantes. Dor horrível. Quando chega a crise é tão forte que quem tem relata querer bater com a cabeça na parede. É uma dor que não passa de jeito nenhum. Há pacientes que ambulância tem de buscar em casa, tomam muitos remédios, e no dia seguinte vão para o hospital e ficam no soro.
VÁRIAS CAUSAS
O clínico geral Alexandre Feldman explica que a enxaqueca é um desequilíbrio químico no cérebro, envolvendo hormônios e substâncias denominadas peptídeos. Esse desequilíbrio é resultado de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e dos hábitos do portador da doença, sendo também uma predisposição genética.
Segundo o médico, a conseqüência é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça. “Existem casos de crises de enxaqueca em que não se sente dor. Porém, geralmente, a dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca e sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos vai de moderada a severa.”
O especialista acrescenta que a dor pode ser latejante (pulsátil), em peso, ou uma sensação de “pressão para fora”, como se a cabeça fosse explodir. “A localização da dor pode variar de crise para crise; raramente dói no mesmo lugar. Pode, inclusive, ser na região dos dentes, dos seios da face e da nuca, levando a que seja confundida com problemas dentários, de sinusite e de coluna”, alerta.
Os principais sintomas da enxaqueca compreendem náuseas (enjôo), vômitos, aversão à claridade, a barulho, a cheiros, hipersensibilidade do couro cabeludo, visão embaçada, irritabilidade, flutuações do humor, ansiedade, depressão (mesmo fora das crises) e lacrimejamento. Um indivíduo não precisa apresentar todos estes sintomas para ter enxaqueca. Normalmente alguns deles estão presentes, em graus variados.
A duração de uma crise de enxaqueca varia, geralmente, de três horas a três dias, sendo seguida por um período variável sem nenhuma dor. Pode ser precedida por alterações do humor (euforia em alguns casos, depressão e irritabilidade em outros) e do apetite (vontade de comer doces ou, então, perda de apetite), visão embaçada, visão dupla, escurecimento da visão (cegueira parcial) de um ou ambos os olhos e sensação de estar vendo pontos brilhantes, como se fossem vaga-lumes. Outros sintomas incluem redução da força muscular de um lado do corpo, formigamentos, tonturas e diarréia. A freqüência é muito variável, podendo ocorrer desde uma vez na vida a até todos os dias.
Para a medicina, Enxaqueca não tem cura
Segundo Feldman, não há cura para o problema. “Não há remédio que cure. Com tratamentos podemos controlar os sintomas, por isso não confunda curar dor de cabeça com curar o desequilíbrio químico que está causando a dor de cabeça e os outros sintomas”, esclarece.
O médico salienta ainda que devemos nos perguntar sobre nossos costumes ao chegar em casa. “O que você faz? Está se cuidando? Coloca uma música, desliga a luz, toma banho numa banheira, ou até mesmo no chuveiro? Veja como está seu relacionamento; você perdoa a quem deve perdoar?”, pondera o médico.
ALGUMAS DICAS A SEREM SEGUIDAS
Procure não fumar ou ficar perto de quem fuma;
Evite o consumo diário de cafeína (café, refrigerantes, etc.);
Beba bastante água;
Não tome pílula anticoncepcional. Procure métodos sem hormônios;
Não faça reposição hormonal convencional;
Vá dormir mais cedo e não pense que é o mesmo que acordar mais tarde;
Procure acordar todos os dias no mesmo horário;
Não “pule” refeições, especialmente a da manhã;
Exclua o leite de vaca de sua dieta;
Consuma derivados fermentados do leite, como iogurtes naturais e leites fermentados (como o kefir);
Não coma doces em excesso;
Evite o consumo de pães;
Evite o consumo freqüente de massas e, quando consumir, prefira as integrais ou cozidas “al dente”;
Evite queijo amarelo;
Evite chocolate em excesso;
Evite carne de frango, ela pode conter altos teores de antibióticos, hormônios artificiais, entre outros aditivos;
Evite o consumo de produtos industrializados, eles podem conter substâncias desencadeantes;
Procure consumir frutas e verduras de cultivo orgânico.
ARMA CONTRA A ENXAQUECA: DURMA MAIS CEDO
Faça uma experiência que você nunca fez: Vá dormir mais cedo por vários meses. Não precisa acordar mais tarde, nem dormir durante o dia, pois ambas as possibilidades podem desencadear crises de enxaqueca e não geram a mesma produção de melatonina. Ao dormir mais cedo, você aumenta seu número de horas de sono no escuro, mas, para isso, precisa desligar tudo à sua volta, até mesmo a luzinha do telefone ou da TV desligada. Invista em uma boa vedação de sua janela, para que não entre luz de fora. Apague tudo à noite! E para conseguir dormir mais cedo, repense e reprograme todas as suas atividades à noite.
Receita – Vitamina Anti-Enxaqueca
1 banana
1 xícara de iogurte natural integral
1 xícara de água
1 colher de sopa de mel ou rapadura
1 colher de gengibre ralado (propriedades antiinflamatórias comprovadas)
Bata no liquidificador
Dr. Alexandre Feldmam é clínico geral e se dedica ao estudo da dor de cabeça há mais de 20 anos. É autor de mais de sete livros; o mais recente: “Enxaqueca - só tem quem quer”
No Brasil, mais de 30 milhões de pessoas sofrem com o problema – cerca de 20% dos brasileiros apresentam a síndrome, mas apenas 3% encontram tratamento eficaz. E muitas ainda tratam a enxaqueca como uma dor de cabeça prolongada. As mulheres são as mais atingidas, numa proporção de três para cada homem.
Muitas pessoas sentem mal-estar, tonteira,veem luzes, sem contar as dores de cabeça latejantes. Dor horrível. Quando chega a crise é tão forte que quem tem relata querer bater com a cabeça na parede. É uma dor que não passa de jeito nenhum. Há pacientes que ambulância tem de buscar em casa, tomam muitos remédios, e no dia seguinte vão para o hospital e ficam no soro.
VÁRIAS CAUSAS
O clínico geral Alexandre Feldman explica que a enxaqueca é um desequilíbrio químico no cérebro, envolvendo hormônios e substâncias denominadas peptídeos. Esse desequilíbrio é resultado de uma série de outros desequilíbrios neuroquímicos e hormonais, decorrentes do estilo de vida e dos hábitos do portador da doença, sendo também uma predisposição genética.
Segundo o médico, a conseqüência é uma série de sintomas, que podem ir muito além da dor de cabeça. “Existem casos de crises de enxaqueca em que não se sente dor. Porém, geralmente, a dor de cabeça é o sintoma mais dramático da enxaqueca e sua intensidade, apesar de variável, na maioria dos casos vai de moderada a severa.”
O especialista acrescenta que a dor pode ser latejante (pulsátil), em peso, ou uma sensação de “pressão para fora”, como se a cabeça fosse explodir. “A localização da dor pode variar de crise para crise; raramente dói no mesmo lugar. Pode, inclusive, ser na região dos dentes, dos seios da face e da nuca, levando a que seja confundida com problemas dentários, de sinusite e de coluna”, alerta.
Os principais sintomas da enxaqueca compreendem náuseas (enjôo), vômitos, aversão à claridade, a barulho, a cheiros, hipersensibilidade do couro cabeludo, visão embaçada, irritabilidade, flutuações do humor, ansiedade, depressão (mesmo fora das crises) e lacrimejamento. Um indivíduo não precisa apresentar todos estes sintomas para ter enxaqueca. Normalmente alguns deles estão presentes, em graus variados.
A duração de uma crise de enxaqueca varia, geralmente, de três horas a três dias, sendo seguida por um período variável sem nenhuma dor. Pode ser precedida por alterações do humor (euforia em alguns casos, depressão e irritabilidade em outros) e do apetite (vontade de comer doces ou, então, perda de apetite), visão embaçada, visão dupla, escurecimento da visão (cegueira parcial) de um ou ambos os olhos e sensação de estar vendo pontos brilhantes, como se fossem vaga-lumes. Outros sintomas incluem redução da força muscular de um lado do corpo, formigamentos, tonturas e diarréia. A freqüência é muito variável, podendo ocorrer desde uma vez na vida a até todos os dias.
Para a medicina, Enxaqueca não tem cura
Segundo Feldman, não há cura para o problema. “Não há remédio que cure. Com tratamentos podemos controlar os sintomas, por isso não confunda curar dor de cabeça com curar o desequilíbrio químico que está causando a dor de cabeça e os outros sintomas”, esclarece.
O médico salienta ainda que devemos nos perguntar sobre nossos costumes ao chegar em casa. “O que você faz? Está se cuidando? Coloca uma música, desliga a luz, toma banho numa banheira, ou até mesmo no chuveiro? Veja como está seu relacionamento; você perdoa a quem deve perdoar?”, pondera o médico.
ALGUMAS DICAS A SEREM SEGUIDAS
Procure não fumar ou ficar perto de quem fuma;
Evite o consumo diário de cafeína (café, refrigerantes, etc.);
Beba bastante água;
Não tome pílula anticoncepcional. Procure métodos sem hormônios;
Não faça reposição hormonal convencional;
Vá dormir mais cedo e não pense que é o mesmo que acordar mais tarde;
Procure acordar todos os dias no mesmo horário;
Não “pule” refeições, especialmente a da manhã;
Exclua o leite de vaca de sua dieta;
Consuma derivados fermentados do leite, como iogurtes naturais e leites fermentados (como o kefir);
Não coma doces em excesso;
Evite o consumo de pães;
Evite o consumo freqüente de massas e, quando consumir, prefira as integrais ou cozidas “al dente”;
Evite queijo amarelo;
Evite chocolate em excesso;
Evite carne de frango, ela pode conter altos teores de antibióticos, hormônios artificiais, entre outros aditivos;
Evite o consumo de produtos industrializados, eles podem conter substâncias desencadeantes;
Procure consumir frutas e verduras de cultivo orgânico.
ARMA CONTRA A ENXAQUECA: DURMA MAIS CEDO
Faça uma experiência que você nunca fez: Vá dormir mais cedo por vários meses. Não precisa acordar mais tarde, nem dormir durante o dia, pois ambas as possibilidades podem desencadear crises de enxaqueca e não geram a mesma produção de melatonina. Ao dormir mais cedo, você aumenta seu número de horas de sono no escuro, mas, para isso, precisa desligar tudo à sua volta, até mesmo a luzinha do telefone ou da TV desligada. Invista em uma boa vedação de sua janela, para que não entre luz de fora. Apague tudo à noite! E para conseguir dormir mais cedo, repense e reprograme todas as suas atividades à noite.
Receita – Vitamina Anti-Enxaqueca
1 banana
1 xícara de iogurte natural integral
1 xícara de água
1 colher de sopa de mel ou rapadura
1 colher de gengibre ralado (propriedades antiinflamatórias comprovadas)
Bata no liquidificador
Dr. Alexandre Feldmam é clínico geral e se dedica ao estudo da dor de cabeça há mais de 20 anos. É autor de mais de sete livros; o mais recente: “Enxaqueca - só tem quem quer”
Fonte Revista Plenitude
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