No bruxismo em vigília, a pessoa permanece por longos períodos apertando ou encostando os dentes, principalmente em momentos de tensão, estresse, nervoso ou até mesmo quando está concentrada lendo um livro, estudando, usando o computador ou assistindo TV.
Por manter a musculatura em uma mesma posição por muito tempo, este tipo de bruxismo parece estar mais relacionado às dores musculares na face e cabeça.
O bruxismo em vigília pode também aparecer como efeito colateral de algumas medicações, sobretudo medicações utilizadas no tratamento da ansiedade, mal de Parkinson e outros problemas motores, o que não é tão comum.
O bruxismo do sono (BS) é considerado um distúrbio de movimento relacionado ao sono. Neste tipo de bruxismo, é mais comum o ranger de dentes, o que não ocorre durante toda a noite, mas vem em crises, principalmente nas fases de sono mais leves.
BS pode ser primário (não relacionado a nenhuma outra alteração) ou secundário a medicações como inibidores seletivos da recaptação de serotonina (IRSS) (fluoxetina, paroxetina, venlafaxina, etc), problemas neurológicos ou distúrbios respiratórios do sono (como ronco ou apneia).
No BS primário, parece haver uma desproporção de neurotransmissores no cérebro que até pode ser hereditário. Os fatores emocionais não são causa de BS, como no bruxismo em vigília, mas podem aumentar sua frequência. Excesso de cafeína, fumo, álcool ou uso de drogas são diretamente ligados ao aumento de eventos de bruxismo, tanto em vigília como no sono.
Os principais sinais e sintomas de bruxismo são: dor e/ou hipertrofia da musculatura da face, desgaste anormal dos dentes, língua e bochechas marcadas e quebra de restaurações (sem outros motivos). Ao acordar, a pessoa que apresenta BS também pode relatar travamento da mandíbula e/ou dor de cabeça tensional na região das têmporas.
Fonte: Ministério da Saúde
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